Bruxismo

Bruxismo do sono é um movimento orofacial descrito como uma parafunção na odontologia e como uma desordem de movimentos na medicina do sono, caracterizada por movimentos involuntários e estereotipados como apertamento e ranger dos dentes. (ICSD, 2005). A ASDA - American Sleep Disorders Association (2005) definiu o BS como uma atividade oral caracterizada pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono, que geralmente está associado com despertares curtos com duração de 3 a 15 segundos (micro despertares).

Atualmente, não se pode deixar de relacionar o BS aos fatores de estresse emocional (Okeson et al 1991), fatores centrais envolvendo neurotransmissores como dopamina (DA), Serotonina (5HT), hereditariedade e predisposição familiar, ansiedade, depressão, distúrbios de movimento dos membros (BADER, LAVIGNE 2000; LAVIGNE et al., 2003), além de distúrbios respiratórios do sono, como a síndrome da apnéia/ hipopnéia obstrutiva do sono (OHAYON et al 2001).

Critérios odontológicos – Lavigne et al, 1996

  • História de ruído de ranger os dentes - família;
  • Facetas brilhantes nas restaurações e desgaste dental;
  • Dor muscular ou cansaço nos músculos da mastigação (masseter e temporal);
  • Hipertrofia dos músculos masseter;
  • Dor na cabeça (fronto-parietal) predominancia matinal e dor orofacial;
  • Dor ou desconforto nas ATM;
  • Hipersensibilidade nos dentes ou fraturas recorrentes.

Tratamento

Os metodos utilzados no programa de controle do BS podem variar de acordo com as necessidades de cada individuo. O que não se deve realizar, são abordagens clinicas sem respoldo cientifico, onde a crença nos modelos mecanissistas do passado não parecem ter mais espaço na comunidade odontologica. Assim, oferecer um programa voltado as necessidades de um sono melhor, como higiene do sono, controle dos fatores estressantes e ou agravantes para cada paciente são importantes. O uso de placas interoclusais no sentido de controle da para funçao, desgaste de dentes, proteçao das estruturas dentais ainda é o que mais se ve na pratica diaria, porem num estudo de DAO, LAVIGNE (1998) os autores não encontraram razao de se indicar placas por longos períodos.